terça-feira, 1 de outubro de 2013
terça-feira, 24 de setembro de 2013
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
domingo, 8 de setembro de 2013
terça-feira, 27 de agosto de 2013
terça-feira, 20 de agosto de 2013
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Aniversário da Feslar
Aniversário da Feslar - Fraternidade Espírita de Laranjeiras nos dias 16/08 as 20h e 17/08 de 16:30h às 19:30h. Seminário do 7º CRE sobre Educação da Mediunidade.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
terça-feira, 6 de agosto de 2013
domingo, 4 de agosto de 2013
9ª Semana Espírita em Vila Velha
Hoje se inicia a 9ª Semana Espírita em Vila Velha, com Palestras durante toda a semana, feira do livro na Praça Duque de Caxias em (Centro de Vila Velha). Confira a Programação:
sábado, 3 de agosto de 2013
Mensagem Psicografada na Fecx no dia 20/01/2011
Por que tanto
sofrimento
De um povo que é só lamento
Por ter a pele de ébano tingida?
Por que tanta dor
Numa terra onde só há calor
Suor em faces sofridas?
Por que Deus nos deixou cativo
Se nem mesmo passamos pelo crivo
Da consciência do puro amor?
Por que Deus nos permitiu sofrer tanto
Derramarmos tanto pranto
Com a falta da caridade e amor?
Por que tivemos que viver no cativeiro
Viajar em um navio negreiro
Tendo o chicote como beijos ardentes?
Por que tivemos que ter nossas crianças de nós arrancadas
Suas mães com suas vidas ceifadas
Perguntamos-te oh! Deus clemente
Por que, por que, por quê?
Será que foi para aprendermos a amar
Será que foi para aprendermos a Ti adorar
E lhe rendermos gratidão?
Ou será que foi para darmos valor à vida
Será que foi para aprendermos a secar feridas
Ou para aprendermos a pedir perdão?
Somos ainda um povo desgraçado
Sei que ainda somos muito humilhados
Mas já somos libertos da escuridão
Mesmo com tanta dor e sofrimento
Meu povo agora não é só lamento
Ele fala com o coração
Rendo-lhe graças a Ti meu Deus
Pois sei que os passos meus
Foram por Ti vigiados
Agradeço-lhe a vida
Agradeço-lhe também as feridas
Que me fez um homem renovado
Rendo-lhe graças pela escravidão
E rendo-lhe graças
pelas feridas
Pois sei que é seu meu coração
Como sei que é sua
minha própria vida.
Abraços João (20/01/2011)
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Programa No Limiar do Amanhã
Programa No Limiar do Amanhã, um excelente acervo de mais um trabalho do grande prof. herculano Pires, que ia ao ar semanalmente, na Rádio Mulher. Um programa de perguntas e respostas de uma das maiores autoridades quando se fala de Espiritismo. Nas palavras de Emmanuel, mentor espiritual de Chico Xavier, Herculano Pires foi o metro que melhor mediu Kardec. Acessem o link abaixo e conheçam o trabalho deste profundo conhecedor da Doutrina Espírita:
http://www.herculanopires.org.br/nolimiardoamanha
http://www.herculanopires.org.br/nolimiardoamanha
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Mensagem Psicografada em 13/09/2011 na Fecx
A boa fala desnudando o verbo
Quando se cala esconde seus erros
A mente balança
ao vento as imagens
Pensamentos mensagens
Enquanto o coração aquecido
De sentimentos, momentos, intentos
O corpo cede ao calor das vestes
Estas que aquecem
Que junto dele fenecem
E igualmente desaparecem
Enquanto a alma revive corada
Encorpada, encorajada
Na luta, na labuta
Tentando a permuta
De se viver mais um
pouco
Nem que seja como um louco
No bailar da vida
Dançamos cantamos glorificamos
As vindas e idas
Encenamos a peça
De vivermos como
descrentes, dementes
Carentes do amor de Deus
Vivemos as vezes por viver
Fugindo do sofrer
Por não amar, por se calar
Injuriar a quem nos ama
Quem nos põe na cama, ainda bebês
Fazemos por desmerecer o amor de todos do mundo
Do pai, do filho, da mãe, da esposa, da irmã
Sem ter uma alma sã
Que nos salve, nos envolva
Enlace-nos com os braços seus
Com suas palavras de sabedoria
De alegria que contagia
Que nos alimenta, nos esquenta
Nos fomenta a sede de sermos perfeitos
Tendo trabalhado o direito
O direito de viver
De correr, de rolar de cantar
De amar a vida
Essa tão querida
Tão desejada, tão estafada, tão maltratada
Mas que ninguém quer dela escapar
Todos pensam a morte driblar
E viver mais um pouquinho
Como pássaros no ninho
Sedentos por voar
Para a Deus alcançar
Só a ele adorar e agradecer
Novamente, eternamente
Mesmo com toda lida
Toda ferida sem medida
Sou ajudada pela vida
Vida de Margarida.
Abraços Margarida
(13/09/2011)
terça-feira, 30 de julho de 2013
domingo, 28 de julho de 2013
2ª Feijoada Solidária da Obra Social Gabriel Delanne
No próximo sábado dia 03/08/2013 estará acontecendo a 2ª Feijoada Solidária no Cerimonial Itamraty Hall.
Os convites estarão a venda na portaria do cerimonial ou podem nos ligar pelos telefones: 9797-1043/ 9255-1338 Além da feijoada o evento terá ainda música ao vivo, bebidas inclusa e crianças até 10 anos não pagam.
O convite é individual e tem o investimento solidário de R$ 60,00.
Os convites estarão a venda na portaria do cerimonial ou podem nos ligar pelos telefones: 9797-1043/ 9255-1338 Além da feijoada o evento terá ainda música ao vivo, bebidas inclusa e crianças até 10 anos não pagam.
O convite é individual e tem o investimento solidário de R$ 60,00.
"Todo esforço realizado em prol da causa do próximo nunca será em vão"
Gabriel Delanne
sábado, 27 de julho de 2013
Seminário Sobre O Passe
Hoje estará acontecendo um Seminário sobre o Passe, com Jacira Abranches Silva Leite. Ele acontecerá na Federação Espírita do Estado do Espirito Santo, das 14:00 às 18:00 horas, e é destinado a todo aquele que quiser começar a ajudar na atividade do passe na casa espírita, para aquele que já é aplicador de passe (reciclagem do conhecimento) e também para aquele que apenas está interessado em aprender um pouco mais sobre o tema. O curso é gratuito e dispensa inscrições prévias.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Hoje a Fecx completa 11 anos. Parabéns!
Quando nasce uma Casa Espírita numa comunidade
O céu se enche de felicidade
Com a oportunidade de trabalhar
Quando uma Fraternidade surge
Vemos o amor em sua plenitude
E podemos sim ajudar
Quando os corações se unem nesse intento
É porque já no firmamento
Foi idealizado com alegria
Tudo em sua volta se transforma
Há mudanças, há reformas
Há felicidade e harmonia
Todo trabalho que aqui se faz
Não são deixados para trás
Esquecidos ao longo dos anos
São todos cuidado com carinho e devoção
Todos são vistos com amor e compaixão
Nenhum fica relegado à segundo plano
Quando surge a ideia da construção religiosa
Todos envolvidos em polvorosa
Tomam suas decisões
Decisão de ajudar e socorrer
Decisão de amar e proteger
Decisão de alegrar os corações
Quando surge uma fraternidade
Surge com ela a oportunidade
De servir em nome de Jesus
Surge a oportunidade do esclarecimento
Surge a oportunidade do reerguimento
Surge a oportunidade de buscar a luz
Na casa espírita encontramos paz
Encontramos também amor.
Nela se faz capaz
Distribuição de carinho e calor
Encontramos alegria
Encontramos contentamento
Trabalho dia a dia
Não há nela desalento
Servimos com gratidão
Servimos com amor
Somos um só coração
Aos olhos do Senhor
Parabéns Fraternidade
Pelo caminho até aqui percorrido
Chegaste a puberdade
Sempre se lembrarão dos tempos idos
Não temas o futuro
Pois muito trabalho ainda terão
Com o olhar mais maduro
Muito mais auxiliarão
Deixo-lhes as felicitações
Para todas pessoas queridas
Estão em nossos corações
Todos vocês, os Cravos e as Margaridas.
Margarida
Mensagem psicografada no dia 24/07/2013 em Homenagem ao 11º Aniversário da Casa
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Mensagem psicografada na FECX em 12/04/2011
Muitos acham maldição
O padecimento da vida
Viver na escravidão
E ter uma vida sofrida
Sei dizer que não é brincadeira
Nem mesmo alegria
Viver sem eira nem beira
Viver à revelia
Os escravos para uns
Eram como bichos nojentos
Não faziam mal algum
Mas os achavam agourentos
No meio de tanta peleja
Havia alguns corações amigos
Nos espinhos que a flor viceja
Não havia só os escarninhos
Nossa labuta era intensa
Fosse de noite ou de dia
E não havia recompensa
Nem sorrisos de alegria
Éramos como cães
maltratados
Maltrapilhos e nojentos
Éramos por todos escorraçados
Fosse qual fosse nosso intento
Em Angola era diferente
Havia dança e muita festa
Vivíamos alegremente
Dançávamos e riamos à beça
Tínhamos a fome para matar
Também a doença nos contagiava
A peste era o jaguar
A nos espreitar pela estrada
O Ebola, a Sífilis e o Tétano
De tudo se tinha um pouco
Os médicos tentavam sem sucesso
Eram santos no meio de loucos
Fomos felizes, fomos tristes
Na vida de liberto e escravo
Mas caminhávamos com o pensamento em cristo
Não nos entregávamos ao marasmo
Os escravos estão voltando
A habitar nosso planeta
Muitos estão se renovando
Saudando dívidas ou vidas incompletas
Não reclamo de minha vida
Vivida como escravo em Muqui
Passei por várias lidas
Mas foi lá que como espírito eu evoluí
Abraços João
terça-feira, 16 de julho de 2013
terça-feira, 9 de julho de 2013
Hermínio Miranda, Desencarna um Grande Espiritista
Comunicamos a desencarnação do dedicado companheiro Hermínio Correa Miranda, aos 93 anos de idade, ocorrido no dia 8 de julho na cidade do Rio de Janeiro. O sepultamento será nesta 3a. feira, por volta das 15 horas no Jardim da Saudade – Sulacap, na mesma cidade.
Hermínio C.Miranda colaborou durante muitos anos com a revista “Reformador”, escrevendo a seção “Lendo e Comentando” e com artigos avulsos. Pela Editora da FEB, tem publicado os livros: As Marcas do Cristo (2 Volumes), Sobrevivência e Comunicabilidade dos Espíritos, Nas Fronteiras do Além, Reencarnação e Imortalidade, Candeias da Noite Escura, e outros esgotados.
Na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, a Editora FEB estará lançando a nova obra “Estudos e Crônicas”, no início de setembro.
Desde junho, o presidente da FEB vinha mantendo contatos com as filhas de Hermínio, pois o mesmo se encontrava adoentado, e estava em andamento uma entrevista com o mesmo para a revista “Reformador”.
O Conselho Diretor e a Diretoria Executiva da FEB homenageiam o inolvidável trabalhador da Seara Espírita e externam o apoio vibratório a seus familiares.
Na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, a Editora FEB estará lançando a nova obra “Estudos e Crônicas”, no início de setembro.
Desde junho, o presidente da FEB vinha mantendo contatos com as filhas de Hermínio, pois o mesmo se encontrava adoentado, e estava em andamento uma entrevista com o mesmo para a revista “Reformador”.
O Conselho Diretor e a Diretoria Executiva da FEB homenageiam o inolvidável trabalhador da Seara Espírita e externam o apoio vibratório a seus familiares.
Via www.febnet.org.br
sábado, 22 de junho de 2013
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Mensagem psicografada na Fecx em 05/06/2013
Sinto meu ser inebriar de felicidade,
quando penso que do mundo a maldade logo dissipará.
Que a dor não tardará a ir embora,
que o ser que muito chora logo logo se rejubilará.
Sinto que os seres então,
vibrarão num só coração
e cantarão hinos de alegria.
Chegará então a bonança,
Surgirá em todo canto a festança,
os homens terão alforria.
Sinto que a humanidade caminha,
para o bem de todos e nunca sozinha,
marcha em vão.
Todos os corações reunidos,
de amor ao pai e ele ungidos,
o renascer da alegria celebrarão.
Todos cantarão num só verso,
o canto de amor não mais dispersos,
em lagrimas e sofrimentos mil.
Canto este que agora,
em todos os corações aflora,
Em todo lugar não só no Brasil.
Somos espíritos eternos,
galgamos a escada da vida.
Somos bravos as vezes ternos,
somos almas inimigas as vezes queridas.
Por isso nosso caminho deve ser justo
como justo deve ser nosso proceder.
Para que Deus não seja tido como injusto,
Para que Deus não seja culpado do nosso sofrer.
Caminhemos irmãos na certeza,
de um futuro melhor para a humanidade.
Caminhemos irmãos e comecemos por nós,
a dissipar do mundo toda crueldade.
Não esperemos que se faça demorada,
nossa caminhada para evolução.
Por que é longa a nossa estrada,
Caminhemos de encarnação a encarnação.
quando penso que do mundo a maldade logo dissipará.
Que a dor não tardará a ir embora,
que o ser que muito chora logo logo se rejubilará.
Sinto que os seres então,
vibrarão num só coração
e cantarão hinos de alegria.
Chegará então a bonança,
Surgirá em todo canto a festança,
os homens terão alforria.
Sinto que a humanidade caminha,
para o bem de todos e nunca sozinha,
marcha em vão.
Todos os corações reunidos,
de amor ao pai e ele ungidos,
o renascer da alegria celebrarão.
Todos cantarão num só verso,
o canto de amor não mais dispersos,
em lagrimas e sofrimentos mil.
Canto este que agora,
em todos os corações aflora,
Em todo lugar não só no Brasil.
Somos espíritos eternos,
galgamos a escada da vida.
Somos bravos as vezes ternos,
somos almas inimigas as vezes queridas.
Por isso nosso caminho deve ser justo
como justo deve ser nosso proceder.
Para que Deus não seja tido como injusto,
Para que Deus não seja culpado do nosso sofrer.
Caminhemos irmãos na certeza,
de um futuro melhor para a humanidade.
Caminhemos irmãos e comecemos por nós,
a dissipar do mundo toda crueldade.
Não esperemos que se faça demorada,
nossa caminhada para evolução.
Por que é longa a nossa estrada,
Caminhemos de encarnação a encarnação.
Abraços, Clara
terça-feira, 14 de maio de 2013
Vício
Em verdade, viciados são todos aqueles que se enfraqueceram diante da vida e se refugiaram na dependência de pessoas ou substâncias.
Tradição é ato de transmissão oral ou escrita de costumes, lendas ou fatos levados de geração a geração através dos tempos. Quanto mais antigos, mais notáveis e fora do comum eles se tornam. Uma vez atingida tal dimensão, transformam-se em crenças inquestionáveis.
As criaturas assimilam conceitos simplesmente porque outras, que elas julgam importantes e entendidas, lhes disseram que são verdadeiros. As crenças de toda espécie começaram geralmente através das histórias e dos costumes criados por alguém. Com o passar dos séculos, entretanto, tornaram-se regras éticas. Crença é a ação de acreditar naquilo que convencionamos adotar como verdade . Evidentemente, algumas são verdadeiras; outras não.
Precisamos revisar nossas concepções sobre os vícios. Não podemos entendê-los como uma problemática que abrange, exclusivamente, delinqüentes e vadios. Em verdade, viciados são todos aqueles que se enfraqueceram diante da vida e se refugiaram na dependência de pessoas ou substâncias.
Pelas crenças tradicionalistas, são tachados de criminosos e vagabundos; para nós, no entanto, representam, acima de tudo, companheiros do caminho evolutivo, merecedores de atenção e entendimento. Por serem carentes e sofridos, entregaram sua força de vontade ao poder dos tóxicos, procurando se esquecer de algo que, talvez, nem mesmo saibam: "eles próprios", pois não agüentaram suportar seu mundo mental em desalinho.
A ociosidade pode ser considerada, ao mesmo tempo, "causa e efeito " de todos os vícios. Reportando-se à ociosidade, assim se manifestaram as Entidades Superiores: "Haverá Espíritos que se conservam ociosos (...) mas esse estado é temporário e dependendo do desenvolvimento de suas inteligências (...) em sua origem, todos são quais crianças que acabam de nascer e que obram mais por instinto que por vontade expressa."
Sob o prisma do "efeito", tais considerações podem ser analisadas conforme o que segue abaixo:
Os dependentes são julgados por muitos como criaturas intencionalmente indolentes; por outros, de forma precipitada, como "parasitas sociais" , desocupados, improdutivos e preguiçosos. Mas sem qualquer conotação ou justificativa de tirar-lhes a responsabilidade por seus feitos e decisões, não podemos nos esquecer de que o "peso do fardo" que carregam lhes dá tamanha lassidão energética que passam a viver em constante "embriaguez na alma", entre fluidos de abatimento, fadiga e tédio.
Não são inúteis deliberadamente, mas se utilizam, sem perceber, do desânimo que sentem como "estratégia psicológica" para fugirem à decisão de "arregaçar as mangas" e enfrentar a parte que lhes cabe realizar na vida. Adiam sistematicamente seus compromissos, vivem de uma maneira no presente e dizem que vão viver de outra no futuro.
Aqui está um possível raciocínio de que se utilizam: "Sei que devo trabalhar para me realizar, mas, como desconfio de minha capacidade, temo não fazer direito", Ou mesmo, "O que gosto de fazer não será aprovado pelos outros; por isso, digo a mim mesmo e aos outros que o farei no futuro. Agindo assim, não terei que admitir que não vou fazê-lo". Os toxicômanos são criaturas de caráter oscilante, não desenvolveram o senso de autonomia, vivem envolvidos numa aura fluídica de indecisão e imobilização por conseqüência da própria reação emocional em desajuste.
Protelam as coisas para um dia, talvez, nunca chegará. Fixam-se ao consumo cada vez maior de produtos narcóticos, enquanto desenvolvem atitudes emocionais que os levam à subjugação a pessoas e situações.
A ociosidade como "causa" das viciações pode ser estudada da seguinte maneira:
As velhas crenças religiosas continuam afirmando que a felicidade dos bem-aventurados consiste na vida contemplativa, no repouso absoluto nos céus, em contrapartida, que os infernos são destinados aos espíritos culpados. Conduzidos forçosamente a um mundo de expiações eternas, sem meios de reparação, ficariam condenados a viver eternamente as dores do fogo e o sofrimento não menos cruel da eterna ociosidade.
As crenças no poder dos "melhores" , ou seja, dos aristocratas, fortificaram-se ainda mais no tempo dos patriarcas, das sociedades greco-romanas. Expandindo-se, essas idéias fizeram com que os homens formassem unidades produtivas com base no escravismo. As vilas romanas e gregas possuíam dezenas de criados/cativos para satisfazer a todas as necessidades dos patrícios, para que vivessem no fastio e na inutilidade.
Durante séculos, a escravidão no Brasil foi aceita sem que as classes dominantes questionassem a legitimidade dos cativeiros. Os senhores de engenho se justificavam dizendo que resgatavam os negros do paganismo em que viviam para a conversão cristã, o que lhes facultava a redenção dos pecados e lhes abria as portas da salvação. Na realidade ocultavam suas verdadeiras intenções: a mão-de-obra lucrativa, que lhes permitia a vida fácil de esbanjamento com seus familiares, para manter a aparência social.
Aprendemos com as sociedades absolutistas do passado que a ociosidade era uma peça importante na vida. Na corte, as etiquetas, jogos, bailes e saraus eram as atividades mais comuns da nobreza. Assim pensavam os nobres na época de Luiz XV da França: "Somos uma classe que não ganha dinheiro pelo trabalho, mas o temos pela nossa genealogia; não queremos ser confundidos com os poupadores vulgares, que são a gentinha da burguesia." Pode-se afirmar que, até poucas décadas atrás, a grande maioria também assim raciocinava.
As regras e costumes do passado pesam sobre nós. Somos espíritos milenares, encarnando sucessivas vezes, adquirindo experiências e assimilando crenças, algumas verdadeiras, outras não, repetindo o que escrevemos inicialmente. Essa a razão da necessidade de revisar nossos conceitos. Disse certa feita Sócrates: "Não é ocioso apenas o que nada faz, mas também o que poderia empregar melhor o seu tempo". A ociosidade é uma porta que se abre os vícios, é uma casa sem paredes; as "serpentes" podem entrar nela por todos os lados.
(De “As dores da alma”, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo Espírito Hammed)
Protelam as coisas para um dia, talvez, nunca chegará. Fixam-se ao consumo cada vez maior de produtos narcóticos, enquanto desenvolvem atitudes emocionais que os levam à subjugação a pessoas e situações.
A ociosidade como "causa" das viciações pode ser estudada da seguinte maneira:
As velhas crenças religiosas continuam afirmando que a felicidade dos bem-aventurados consiste na vida contemplativa, no repouso absoluto nos céus, em contrapartida, que os infernos são destinados aos espíritos culpados. Conduzidos forçosamente a um mundo de expiações eternas, sem meios de reparação, ficariam condenados a viver eternamente as dores do fogo e o sofrimento não menos cruel da eterna ociosidade.
As crenças no poder dos "melhores" , ou seja, dos aristocratas, fortificaram-se ainda mais no tempo dos patriarcas, das sociedades greco-romanas. Expandindo-se, essas idéias fizeram com que os homens formassem unidades produtivas com base no escravismo. As vilas romanas e gregas possuíam dezenas de criados/cativos para satisfazer a todas as necessidades dos patrícios, para que vivessem no fastio e na inutilidade.
Durante séculos, a escravidão no Brasil foi aceita sem que as classes dominantes questionassem a legitimidade dos cativeiros. Os senhores de engenho se justificavam dizendo que resgatavam os negros do paganismo em que viviam para a conversão cristã, o que lhes facultava a redenção dos pecados e lhes abria as portas da salvação. Na realidade ocultavam suas verdadeiras intenções: a mão-de-obra lucrativa, que lhes permitia a vida fácil de esbanjamento com seus familiares, para manter a aparência social.
Aprendemos com as sociedades absolutistas do passado que a ociosidade era uma peça importante na vida. Na corte, as etiquetas, jogos, bailes e saraus eram as atividades mais comuns da nobreza. Assim pensavam os nobres na época de Luiz XV da França: "Somos uma classe que não ganha dinheiro pelo trabalho, mas o temos pela nossa genealogia; não queremos ser confundidos com os poupadores vulgares, que são a gentinha da burguesia." Pode-se afirmar que, até poucas décadas atrás, a grande maioria também assim raciocinava.
As regras e costumes do passado pesam sobre nós. Somos espíritos milenares, encarnando sucessivas vezes, adquirindo experiências e assimilando crenças, algumas verdadeiras, outras não, repetindo o que escrevemos inicialmente. Essa a razão da necessidade de revisar nossos conceitos. Disse certa feita Sócrates: "Não é ocioso apenas o que nada faz, mas também o que poderia empregar melhor o seu tempo". A ociosidade é uma porta que se abre os vícios, é uma casa sem paredes; as "serpentes" podem entrar nela por todos os lados.
(De “As dores da alma”, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo Espírito Hammed)
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Mensagem Psicografada na Fecx em 01/05/2013
Como apascentar a alma
Se a mente não encontra calma
E vive em constante contradição?
Como tornar a vida melhor
Se o coração está só
E estamos sempre na contra-mão?
Como não dar de cara com as dores
Como não sofrer dissabores
Nem tão pouco ter desilusão?
Como querer tranquilidade
Se o que praticamos, são as nossas verdades
Se o que vivemos, não conduz com o coração?
Como amansar a dor da revolta
Fazer na vida uma reviravolta
Se viver por viver não é o caminho?
Saber como escolher o certo
Fazer na vida algo concreto
É o que nos deixa com a mente em desalinho
Por que nós queremos sempre mais
Por que nunca estamos em paz
Por que sempre precisamos buscar algo diferente?
Fazer da vida algo Divino
Fazer algo que não seja desatino
Talvez nos encaminharia para frente
Por que sempre procuramos um ideal
Sempre achamos em tudo um mal
E não conseguimos sequer ver o lado bom da vida?
Sabemos quer trabalhar é necessário
Sem que isso nos torne perdulários
Sem que isso nos prive da ação Divina
Procuremos então nos acertar com a vida
Procuremos não encontrar só dor
A vossa irmã Margarida
Lhes oferta uma linda flor.
MARGARIDA
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Entrevista sobre Homossexualidade com Andrei Moreira - 15/09/2010
*Fonte:http://www.wanderleyoliveira.blog.br/artigos/entrevista-sobre-homossexualidade-com-andrei-moreira-15/09/2010
“Homossexualidade sob a ótica do espírito imortal”
Entrevista realizada pelo terapeuta e médium Wanderley Oliveira* com o médico Presidente da Associação Médico-espírita de Minas Gerais, Andrei Moreira*
1. Homossexualidade é ou não uma doença à luz do Espírito imortal?
“Desde 1973, a homossexualidade deixou de ser classificada como tal pela Associação Americana de Psiquiatria. Em 1975 a Associação Americana dePsicologia adotou o mesmo procedimento, deixando de considerar a homossexualidade como doença. No Brasil, em 1985, o Conselho Federal de Psicologia deixa de considerar a homossexualidade como um desvio sexual e, em 1999, estabelece regras para a atuação dos psicólogos em relação à questões de orientação sexual, declarando que "a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão" e que os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura da homossexualidade. No dia 17 de Maio de 1990 a Assembléia-geral da Organização Mundial de Saúde (sigla OMS) retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais, a Classificação internacional de doenças (sigla CID). Por fim, em 1991, a Anistia Internacional passa a considerar a discriminação contra homossexuais uma violação aos direitos humanos” - Wikypedia
A Homossexualidade, segundo a ciência, é uma orientação afetivo-sexual normal. Sob o ponto de vista espírita, tem sido catalogada por muitos escritores espíritas como doença ou distúrbio da sexualidade, em franco desrespeito ao conhecimento científico atual. Não há base no conhecimento espírita para se afirmar tal coisa. Não há uma visão que seja consenso sobre o assunto no movimento espírita, mas há excelentes textos dos espíritos André Luiz e Emmanuel nos direcionando o pensamento e a reflexão para o respeito, acolhimento e inclusão da pessoa homossexual, entendendo a homossexualidade como uma condição evolutiva natural (e o termo “natural” como sinônimo de “presente na natureza”), decorrente de múltiplos fatores, sempre individuais para cada espírito, construída ou escolhida pelo espírito, em função de tarefas específicas ou provas redentoras, incluindo aí as condições expiativas e reeducativas devidas a abusos afetivo-sexuais no passado, que parecem ser a causa determinante da maior parte das condições homossexuais, segundo a literatura espírita.
2. Qual a diferença entre orientação e escolha sexual?
Orientação sexual representa o desejo e o interesse afetivo-sexual (note bem: não somente sexual, mas também afetivo) do indivíduo, decorrente de múltiplos fatores, os quais determinam com qual sexo ele se sente realizado para uma parceria íntima. A orientação sexual é fruto da história pessoal do indivíduo, presente e passada; é influenciada pela cultura e pelas identificações psicológicas, porém não controlada ou determinada conscientemente pelo indivíduo. Nasce-se com ela. Escolha é fruto da decisão consciente de se viver ou não a orientação, aceitá-la ou reprimi-la, de acordo com as idealizações e a pressão familiar-social-cultural do meio em que o indivíduo se encontra reencarnado.
3. O homem homossexual se sente uma mulher? A mulher homossexual se sente um homem?
De forma alguma. Identidade e orientação sexual são coisas distintas. Identidade é como o indivíduo se sente, a qual sexo pertence, com qual sexo se identifica psicologicamente. A orientação homossexual representa exclusivamente o direcionamento do afeto e do interesse sexual para indivíduos do mesmo sexo. O homem homossexual tem a sua identidade masculina, sente-se homem, embora possa ou não ter trejeitos afeminados, conforme sua história e identificação psicológica. Igualmente, a mulher homossexual tem a identidade feminina, embora possa ter ou não trejeitos masculinizados. Quando o indivíduo está em um corpo de um sexo, e sua identidade é a do sexo oposto, dizemos que ele é transexual, que é diferente do homossexual.
4. Em todos os casos, o espírito já renasce homossexual? É possível reverter essa orientação?
Há uma diferença entre comportamento homossexual e identidade afetivo-sexual homossexual. Observamos comportamentos homossexuais em indivíduos com doenças psiquiátricas, entre presidiários e soldados em guerra; nessas condições, na ausência da figura feminina, a prática sexual entre iguais praticada por muitos como campo de liberação das tensões sexuais e da busca do prazer. Isso não quer dizer que eles sejam homossexuais. O indivíduo com identidade homossexual é aquele que se sente atraído afetiva e sexualmente por pessoa do mesmo sexo, o que pode ser percebido ou descoberto em diferentes fases da vida do indivíduo. Não podemos afirmar que todos os homossexuais tenham nascido com essa orientação, pois a variedade de manifestações nessa área nos remete a múltiplas causas, embora a literatura mediúnica espírita nos informe de que em boa parte dos casos as pessoas homossexuais trazem de seu passado espiritual a fonte de sua orientação presente.
Não sendo, em si, uma condição maléfica para o indivíduo, mas neutra, podendo ser positiva ou não, dependendo da forma como for vivenciada, não há necessidade de reverter essa condição. A orientação da ciência médica e psicológica atual é de que o indivíduo homossexual que não se aceita e sofre com isso deve ser classificado como portador de transtorno egodistônico, e os esforços devem se direcionar no sentido de auxiliá-lo a se aceitar e se amar tal qual é, sentindo-se digno de amor e respeito, buscando relações que lhe fortaleçam o autoamor e nas quais possa ser natural, espontâneo e verdadeiro, em busca de sua felicidade e de seu progresso.
Há religiosos e profissionais fundamentalistas que oferecem terapia e assistência espiritual, sobretudo em igrejas evangélicas, para que o indivíduo se “cure” da homossexualidade. Não há registros de casos bem sucedidos. O que frequentemente se observa são indivíduos bissexuais alterando o direcionamento do seu afeto para indivíduos do mesmo sexo, porém muitos deles têm relações sexuais clandestinas com pessoas do mesmo sexo e nos procuram nos consultórios cheios de culpa, medo e vergonha por não se sentirem “curados”. Além disso, há os indivíduos homossexuais que decidem vestir a máscara de heterossexuais e por algum tempo formam famílias; frequentemente, saem de casa após algum tempo para viverem o que sentem como sua real atração afetivo-sexual.
5. Existem casos de homossexualidade desenvolvida exclusivamente pela educação na infância? Em caso afirmativo, é possível reverter o processo?
Segundo Freud, sim, o que não significa que seja passível de reversão ou que haja necessidade disso. Segundo o Conselho Federal de Psicologia a identidade e a orientação sexual estruturadas na infância não são passíveis de reversão, e a homossexualidade não é uma condição que necessite reversão, já que não é uma doença e muito menos um desvio moral. Porém, na visão espírita, os benfeitores espirituais nos informam que o espírito, ao reencarnar, já escolhe a natureza de suas provas e as condições familiares sociais e pessoais necessárias ao seu progresso, conforme sua consciência indique a necessidade de reparação dos equívocos do passado e de melhoramento pessoal. Em outras situações, quando o espírito não se encontra maduro para definir suas provas, elas são estabelecidas por orientadores evolutivos, mas, ainda assim, são definidas previamente à reencarnação. Assim, a família, o corpo que a pessoa tem e os principais pontos da existência já estão definidos para patrocinar as condições necessárias ao progresso do indivíduo. Além disso, o espírito traz impressos em si o fruto de suas escolhas, o resultado de suas experiências passadas, em seu psiquismo e no corpo espiritual, a determinar a identidade e a orientação sexual da presente encarnação.
6. Muitos consideram que a abstinência é uma recomendação educativa no caso de homossexualidade. O que você acha?
Abstinência não representa educação do desejo e da prática sexual. Contudo, pode ser uma etapa necessária em certos casos, para a disciplina dos impulsos íntimos, de heterossexuais e homossexuais, quando se percebam necessitados de controle do desejo e da prática sem limites. Também pode acontecer que tenham a condição de abstinência imposta pela misericórdia divina como recurso emergencial de salvação perante circunstâncias de abusos reiterados nessa área.
Diz Ermance Dufaux, no livro Unidos para o Amor: “Abstinência nem sempre é solução e pode ser apenas uma medida disciplinar sem que, necessariamente, signifique um ato educativo. Por educar devemos entender, sobretudo, a desenvoltura de qualidades íntimas capazes de nos habilitar ao trato moral seguro e proveitoso com a vida. (...) A questão da sexualidade é pessoal, intransferível, consciencial e a ética nesse campo passa por muitas e muitas adequações.”
O Espiritismo recomenda a todas as criaturas a conscientização a respeito da sacralidade do corpo físico e da sexualidade, como fonte criativa e criadora, destinada a ser fonte de prazer físico e espiritual, sobretudo de realização íntima para o ser humano, em todas as suas formas de expressão.
Sintetiza Emmanuel, na introdução do livro Vida e Sexo: “(...) em torno do sexo, será justo sintetizarmos todas as digressões nas normas seguintes: Não proibição, mas educação. Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo. Não indisciplina, mas controle. Não impulso livre, mas responsabilidade (grifos nossos). Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um”.
7. O homossexual não consegue de forma alguma ter atração por pessoa do sexo oposto ou isso pode acontecer de forma natural?
Segundo o relatório Kinsey, extensa pesquisa sobre o comportamento sexual humano realizada nos EUA na década de 60 do século XX, pelo biólogo Alfred Kinsey, tanto a homossexualidade como a heterossexualidade absoluta são condições raras em nossa sociedade. A grande maioria das pessoas tem uma condição de desejo predominante, em graus variáveis. Por exemplo, uma pessoa pode ser 80% heterossexual e 20% homossexual ou vice-versa. É natural, portanto, que uma atração heterossexual possa ocorrer na vida de um indivíduo homossexual, o que muitas vezes é entendido pelo leigo como “cura” da homossexualidade.
Emmanuel nos esclarece a respeito dessa realidade no livro Vida e Sexo, cap.21: “através de milênios e milênios, o Espírito passa por fileira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas. O homem e a mulher serão, desse modo, de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acentuadamente feminina, sem especificação psicológica absoluta.”
Podemos compreender assim que todos os indivíduos trazem em sua intimidade a possibilidade de se sentirem atraídos e se apaixonarem por alguém do mesmo sexo (afinal de contas, a pessoa se apaixona por um indivíduo completo, e não pelo seu corpo apenas). Isso não significa que vá ou necessite viver essa situação. O psiquismo atende e responde ao impulso do espírito, que é assexuado, mas que cumpre programas específicos em um ou outro sexo, conforme definição anterior e necessidade evolutiva, inserido em um contexto sociocultural que o limita na percepção e expressão do que vai em sua intimidade profunda.
8. Homem ou mulher que tenham fantasias com pessoas do mesmo sexo podem ser considerados homossexuais?
Na adolescência as experiências homossexuais são naturais, definidas pela psicologia como experiências de experimentação de uma identidade sexual em formação; não atestam, necessariamente, a orientação homossexual. Já no adulto a fantasia é uma das formas de expressão do desejo e da atração homoafetiva e atestam a intimidade da criatura, mesmo que não sejam aceitas pela personalidade consciente.
9. Qual sua avaliação sobre como a comunidade espírita trata a homossexualidade?
Em geral, observamos uma abordagem superficial e discriminatória por parte da comunidade espírita com os homossexuais e a homossexualidade. É compreensível que seja assim, pois todo meio religioso lida com idealizações e preconceitos seculares. Todavia, tal postura pode ser modificada por meio do que recomenda Allan Kardec: estudo sério e aprofundado de um tema para que se possa opinar sobre ele. É lamentável que nós, adeptos de uma fé raciocinada, nos permitamos o mesmo comportamento dos religiosos fundamentalistas.
Observa-se muita opinião pessoal sem fundamento tomada como regra e lei. Tais opiniões costumam ser destituídas de compaixão e amorosidade terminam por isolar o indivíduo homossexual, tachando-o de doente, perturbado, promíscuo e/ou obsediado. Às vezes ele é até mesmo afastado das atividades espíritas habituais, como se fosse portador de grave moléstia que devesse receber reprovação e crítica por parte da parcela heterossexual “normal” da sociedade. Tais posturas são frequentemente embasadas no tradicional preconceito judaico-cristão-ocidental de que a única e exclusiva função da sexualidade é a procriação humana, tomando a parte pelo todo.
O Espiritismo é uma doutrina livre e libertária, compromissada com o entendimento da natureza íntima do ser humano e o progresso espiritual. Nos dá bases muito ricas de entendimento do psiquismo e da sexualidade do espírito imortal, como instrumentos divinos dados por Deus ao homem para seu aprimoramento e felicidade. Além disso, nos oferece esclarecimento a respeito das condições e situações determinadas pela liberdade do homem, que desvia esses instrumentos superiores de suas funções sagradas.
É imprescindível que se extinga em nosso movimento o preconceito e que os homossexuais tenham campo de trabalho, se dediquem ao estudo e à prática da doutrina espírita, com a mesma naturalidade de heterossexuais. Isso, para que compreendam o papel de sua condição em seu momento evolutivo e a utilizem com respeito e dignidade com vistas ao equacionamento dos dramas internos, ao cumprimento dos planos de trabalho específicos em sua proposta encarnatória e ao seu progresso pessoal, da família e da sociedade da qual faz parte, da mesma maneira como deve fazer o heterossexual.
10. Como devem se comportar os pais espíritas de um indivíduo que se descubra homossexual?
Aos pais de uma pessoa homossexual cabe o acolhimento integral e amoroso do indivíduo, com aceitação de sua condição, que nada mais é que uma das características da personalidade. Ser homossexual não é sinônimo de ser promíscuo, inferior, afeminado (para homens) ou masculinizado (para mulheres). Simplesmente atesta que o indivíduo se realiza sexual e afetivamente no encontro entre iguais. A pessoa homossexual deve receber a mesma instrução e educação a respeito da sexualidade que os heterossexuais, a fim de bem direcionar as suas energias e esforços no sentido da construção do afeto com quem eleja como parceiro (a). A postura na vivência da sexualidade, para homossexuais, deve ser a mesma aconselhada pelos espíritos a heterossexuais: dignidade, respeito a si mesmo e ao outro, valorização da família, da parceria afetiva profunda no casamento e dedicação da energia sexual criativa em benefício da comunidade em que está inserido.
O acolhimento amoroso da família é fundamental para que o indivíduo homossexual possa se aceitar, se compreender, entendendo o papel dessa condição em sua vida atual, e para que se sinta digno e responsável perante suas escolhas. A luta, para aqueles que vivem essa condição, é grande, a fim de afirmar a sua autoestima em uma sociedade que banaliza a condição sexual e vulgariza a diferença. A família é o núcleo onde se encontram corações compromissados em projetos reencarnatórios comuns, com vínculos pessoais de cada um com o passado daqueles que com eles convivem, devendo ser cada membro dessa célula da sociedade, um esteio para que o melhor do outro venha à tona, por meio da experiência amorosa.
Os pais de homossexuais poderão ler e compartilhar interessantes experiências de outros pais no site e nos livros de Edith Modesto: http://www.gph.org.br e Livros em: http://www.gph.org.br/publica.asp
11. Gostaria de acrescentar algo?
Romanos 14:14 “Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo a não ser para aquele que assim o considera; para esse é imundo.”
Todas as experiências evolutivas onde estejam presentes o autorrespeito, a autoconsideração, a autovalorização e o autoamor são experiências evolutivas promotoras de progresso e evolução, pois aquele que se oferece essas condições naturalmente as estende ao outro na vida. A homossexualidade, independentemente da forma como se haja estruturado como condição evolutiva momentânea do indivíduo, pode ser vivenciada com dignidade e ser um rico campo de experimentação do afeto e construção do amor, desde que aqueles que a vivam se lembrem de que são espíritos imortais e de que a vida na matéria é tempo de plantio para a eternidade, no terreno do sentimento e das conquistas evolutivas propiciadas pelo amor, em qualquer de suas infinitas manifestações.
Diz-nos Emmanuel no livro "Vida e Sexo", lição 21 – Homossexualidade, ed. Feb:
“A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos, para se erguerem como agentes mais elevados de definição da dignidade humana, de vez que a individualidade, em si, exalta a vida comunitária pelo próprio comportamento na sustentação do bem de todos ou a deprime pelo mal que causa com a parte que assume no jogo da delinqüência.”
E complementa André Luiz, no livro Sexo e destino – Cap. 5, pág 155 - ed. Feb:
“(...) no mundo porvindouro os irmãos reencarnados, tanto em condições normais quanto em condições julgadas anormais, serão tratados em pé de igualdade, no mesmo nível de dignidade humana, reparando-se as injustiças achacadas, há séculos, contra aqueles que renascem sofrendo particularidades anômalas, porquanto a perseguição e a crueldade com que são batidos pela sociedade humana lhes impedem ou dificultam a execução dos encargos que trazem à existência física, quando não fazem deles criaturas hipócritas, com necessidade de mentir incessantemente para viver, sob o sol que a Bondade Divina acendeu em benefício de todos.”
Para saber mais:
Indico, entre outros, os seguintes livros espíritas, com abordagens responsáveis e bem fundamentadas sobre o assunto:
1- Vida e sexo, Emmanuel/Chico Xavier, em especial cap. 21 - ed. Feb
2- Sexo e destino e Ação e reação - ambos de André Luiz/Chico Xavier - ed. feb
3- Além do Rosa e do Azul - Gibson Bastos - Ed. Celd
4- O Preço de ser Diferente (romance) - Ed. Vida e Consciência
5- Quem Perdoa, Liberta – José Mário/Wanderley Oliveira – Capítulo: "Homoafetividade e Mediunidade"
* Wanderley Oliveira é Terapeuta Master e Practitioner em PNL, médium e palestrante espírita de Belo Horizonte. Visite o seu trabalho no site: www.wanderleyoliveira.com.br ou escreva paracoachenergetico@wanderleyoliveira.com.br
*Andrei Moreira é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Integra, desde 2005, uma equipe do Programa de Saúde da Família, em Belo Horizonte, Minas Gerais.Especializado em Homeopatia.
Preceptor do Internato em Atenção Integral à Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade de Alfenas, campus BH, desde 2008.
Participa ativamente do movimento espírita nacional e internacional, proferindo palestras e seminários. Integra equipes de atendimento a pacientes com a metodologia médico-espírita na Amemg.
Presidente da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais, desde 2007.
Autor do livro: "Cura e autocura – uma visão médico espírita" – AME Editora, 2010
ammsouza@hotmail.com - www.amemg.com.br
“Homossexualidade sob a ótica do espírito imortal”
Entrevista realizada pelo terapeuta e médium Wanderley Oliveira* com o médico Presidente da Associação Médico-espírita de Minas Gerais, Andrei Moreira*
1. Homossexualidade é ou não uma doença à luz do Espírito imortal?
“Desde 1973, a homossexualidade deixou de ser classificada como tal pela Associação Americana de Psiquiatria. Em 1975 a Associação Americana dePsicologia adotou o mesmo procedimento, deixando de considerar a homossexualidade como doença. No Brasil, em 1985, o Conselho Federal de Psicologia deixa de considerar a homossexualidade como um desvio sexual e, em 1999, estabelece regras para a atuação dos psicólogos em relação à questões de orientação sexual, declarando que "a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão" e que os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura da homossexualidade. No dia 17 de Maio de 1990 a Assembléia-geral da Organização Mundial de Saúde (sigla OMS) retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais, a Classificação internacional de doenças (sigla CID). Por fim, em 1991, a Anistia Internacional passa a considerar a discriminação contra homossexuais uma violação aos direitos humanos” - Wikypedia
A Homossexualidade, segundo a ciência, é uma orientação afetivo-sexual normal. Sob o ponto de vista espírita, tem sido catalogada por muitos escritores espíritas como doença ou distúrbio da sexualidade, em franco desrespeito ao conhecimento científico atual. Não há base no conhecimento espírita para se afirmar tal coisa. Não há uma visão que seja consenso sobre o assunto no movimento espírita, mas há excelentes textos dos espíritos André Luiz e Emmanuel nos direcionando o pensamento e a reflexão para o respeito, acolhimento e inclusão da pessoa homossexual, entendendo a homossexualidade como uma condição evolutiva natural (e o termo “natural” como sinônimo de “presente na natureza”), decorrente de múltiplos fatores, sempre individuais para cada espírito, construída ou escolhida pelo espírito, em função de tarefas específicas ou provas redentoras, incluindo aí as condições expiativas e reeducativas devidas a abusos afetivo-sexuais no passado, que parecem ser a causa determinante da maior parte das condições homossexuais, segundo a literatura espírita.
2. Qual a diferença entre orientação e escolha sexual?
Orientação sexual representa o desejo e o interesse afetivo-sexual (note bem: não somente sexual, mas também afetivo) do indivíduo, decorrente de múltiplos fatores, os quais determinam com qual sexo ele se sente realizado para uma parceria íntima. A orientação sexual é fruto da história pessoal do indivíduo, presente e passada; é influenciada pela cultura e pelas identificações psicológicas, porém não controlada ou determinada conscientemente pelo indivíduo. Nasce-se com ela. Escolha é fruto da decisão consciente de se viver ou não a orientação, aceitá-la ou reprimi-la, de acordo com as idealizações e a pressão familiar-social-cultural do meio em que o indivíduo se encontra reencarnado.
3. O homem homossexual se sente uma mulher? A mulher homossexual se sente um homem?
De forma alguma. Identidade e orientação sexual são coisas distintas. Identidade é como o indivíduo se sente, a qual sexo pertence, com qual sexo se identifica psicologicamente. A orientação homossexual representa exclusivamente o direcionamento do afeto e do interesse sexual para indivíduos do mesmo sexo. O homem homossexual tem a sua identidade masculina, sente-se homem, embora possa ou não ter trejeitos afeminados, conforme sua história e identificação psicológica. Igualmente, a mulher homossexual tem a identidade feminina, embora possa ter ou não trejeitos masculinizados. Quando o indivíduo está em um corpo de um sexo, e sua identidade é a do sexo oposto, dizemos que ele é transexual, que é diferente do homossexual.
4. Em todos os casos, o espírito já renasce homossexual? É possível reverter essa orientação?
Há uma diferença entre comportamento homossexual e identidade afetivo-sexual homossexual. Observamos comportamentos homossexuais em indivíduos com doenças psiquiátricas, entre presidiários e soldados em guerra; nessas condições, na ausência da figura feminina, a prática sexual entre iguais praticada por muitos como campo de liberação das tensões sexuais e da busca do prazer. Isso não quer dizer que eles sejam homossexuais. O indivíduo com identidade homossexual é aquele que se sente atraído afetiva e sexualmente por pessoa do mesmo sexo, o que pode ser percebido ou descoberto em diferentes fases da vida do indivíduo. Não podemos afirmar que todos os homossexuais tenham nascido com essa orientação, pois a variedade de manifestações nessa área nos remete a múltiplas causas, embora a literatura mediúnica espírita nos informe de que em boa parte dos casos as pessoas homossexuais trazem de seu passado espiritual a fonte de sua orientação presente.
Não sendo, em si, uma condição maléfica para o indivíduo, mas neutra, podendo ser positiva ou não, dependendo da forma como for vivenciada, não há necessidade de reverter essa condição. A orientação da ciência médica e psicológica atual é de que o indivíduo homossexual que não se aceita e sofre com isso deve ser classificado como portador de transtorno egodistônico, e os esforços devem se direcionar no sentido de auxiliá-lo a se aceitar e se amar tal qual é, sentindo-se digno de amor e respeito, buscando relações que lhe fortaleçam o autoamor e nas quais possa ser natural, espontâneo e verdadeiro, em busca de sua felicidade e de seu progresso.
Há religiosos e profissionais fundamentalistas que oferecem terapia e assistência espiritual, sobretudo em igrejas evangélicas, para que o indivíduo se “cure” da homossexualidade. Não há registros de casos bem sucedidos. O que frequentemente se observa são indivíduos bissexuais alterando o direcionamento do seu afeto para indivíduos do mesmo sexo, porém muitos deles têm relações sexuais clandestinas com pessoas do mesmo sexo e nos procuram nos consultórios cheios de culpa, medo e vergonha por não se sentirem “curados”. Além disso, há os indivíduos homossexuais que decidem vestir a máscara de heterossexuais e por algum tempo formam famílias; frequentemente, saem de casa após algum tempo para viverem o que sentem como sua real atração afetivo-sexual.
5. Existem casos de homossexualidade desenvolvida exclusivamente pela educação na infância? Em caso afirmativo, é possível reverter o processo?
Segundo Freud, sim, o que não significa que seja passível de reversão ou que haja necessidade disso. Segundo o Conselho Federal de Psicologia a identidade e a orientação sexual estruturadas na infância não são passíveis de reversão, e a homossexualidade não é uma condição que necessite reversão, já que não é uma doença e muito menos um desvio moral. Porém, na visão espírita, os benfeitores espirituais nos informam que o espírito, ao reencarnar, já escolhe a natureza de suas provas e as condições familiares sociais e pessoais necessárias ao seu progresso, conforme sua consciência indique a necessidade de reparação dos equívocos do passado e de melhoramento pessoal. Em outras situações, quando o espírito não se encontra maduro para definir suas provas, elas são estabelecidas por orientadores evolutivos, mas, ainda assim, são definidas previamente à reencarnação. Assim, a família, o corpo que a pessoa tem e os principais pontos da existência já estão definidos para patrocinar as condições necessárias ao progresso do indivíduo. Além disso, o espírito traz impressos em si o fruto de suas escolhas, o resultado de suas experiências passadas, em seu psiquismo e no corpo espiritual, a determinar a identidade e a orientação sexual da presente encarnação.
6. Muitos consideram que a abstinência é uma recomendação educativa no caso de homossexualidade. O que você acha?
Abstinência não representa educação do desejo e da prática sexual. Contudo, pode ser uma etapa necessária em certos casos, para a disciplina dos impulsos íntimos, de heterossexuais e homossexuais, quando se percebam necessitados de controle do desejo e da prática sem limites. Também pode acontecer que tenham a condição de abstinência imposta pela misericórdia divina como recurso emergencial de salvação perante circunstâncias de abusos reiterados nessa área.
Diz Ermance Dufaux, no livro Unidos para o Amor: “Abstinência nem sempre é solução e pode ser apenas uma medida disciplinar sem que, necessariamente, signifique um ato educativo. Por educar devemos entender, sobretudo, a desenvoltura de qualidades íntimas capazes de nos habilitar ao trato moral seguro e proveitoso com a vida. (...) A questão da sexualidade é pessoal, intransferível, consciencial e a ética nesse campo passa por muitas e muitas adequações.”
O Espiritismo recomenda a todas as criaturas a conscientização a respeito da sacralidade do corpo físico e da sexualidade, como fonte criativa e criadora, destinada a ser fonte de prazer físico e espiritual, sobretudo de realização íntima para o ser humano, em todas as suas formas de expressão.
Sintetiza Emmanuel, na introdução do livro Vida e Sexo: “(...) em torno do sexo, será justo sintetizarmos todas as digressões nas normas seguintes: Não proibição, mas educação. Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo. Não indisciplina, mas controle. Não impulso livre, mas responsabilidade (grifos nossos). Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um”.
7. O homossexual não consegue de forma alguma ter atração por pessoa do sexo oposto ou isso pode acontecer de forma natural?
Segundo o relatório Kinsey, extensa pesquisa sobre o comportamento sexual humano realizada nos EUA na década de 60 do século XX, pelo biólogo Alfred Kinsey, tanto a homossexualidade como a heterossexualidade absoluta são condições raras em nossa sociedade. A grande maioria das pessoas tem uma condição de desejo predominante, em graus variáveis. Por exemplo, uma pessoa pode ser 80% heterossexual e 20% homossexual ou vice-versa. É natural, portanto, que uma atração heterossexual possa ocorrer na vida de um indivíduo homossexual, o que muitas vezes é entendido pelo leigo como “cura” da homossexualidade.
Emmanuel nos esclarece a respeito dessa realidade no livro Vida e Sexo, cap.21: “através de milênios e milênios, o Espírito passa por fileira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas. O homem e a mulher serão, desse modo, de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acentuadamente feminina, sem especificação psicológica absoluta.”
Podemos compreender assim que todos os indivíduos trazem em sua intimidade a possibilidade de se sentirem atraídos e se apaixonarem por alguém do mesmo sexo (afinal de contas, a pessoa se apaixona por um indivíduo completo, e não pelo seu corpo apenas). Isso não significa que vá ou necessite viver essa situação. O psiquismo atende e responde ao impulso do espírito, que é assexuado, mas que cumpre programas específicos em um ou outro sexo, conforme definição anterior e necessidade evolutiva, inserido em um contexto sociocultural que o limita na percepção e expressão do que vai em sua intimidade profunda.
8. Homem ou mulher que tenham fantasias com pessoas do mesmo sexo podem ser considerados homossexuais?
Na adolescência as experiências homossexuais são naturais, definidas pela psicologia como experiências de experimentação de uma identidade sexual em formação; não atestam, necessariamente, a orientação homossexual. Já no adulto a fantasia é uma das formas de expressão do desejo e da atração homoafetiva e atestam a intimidade da criatura, mesmo que não sejam aceitas pela personalidade consciente.
9. Qual sua avaliação sobre como a comunidade espírita trata a homossexualidade?
Em geral, observamos uma abordagem superficial e discriminatória por parte da comunidade espírita com os homossexuais e a homossexualidade. É compreensível que seja assim, pois todo meio religioso lida com idealizações e preconceitos seculares. Todavia, tal postura pode ser modificada por meio do que recomenda Allan Kardec: estudo sério e aprofundado de um tema para que se possa opinar sobre ele. É lamentável que nós, adeptos de uma fé raciocinada, nos permitamos o mesmo comportamento dos religiosos fundamentalistas.
Observa-se muita opinião pessoal sem fundamento tomada como regra e lei. Tais opiniões costumam ser destituídas de compaixão e amorosidade terminam por isolar o indivíduo homossexual, tachando-o de doente, perturbado, promíscuo e/ou obsediado. Às vezes ele é até mesmo afastado das atividades espíritas habituais, como se fosse portador de grave moléstia que devesse receber reprovação e crítica por parte da parcela heterossexual “normal” da sociedade. Tais posturas são frequentemente embasadas no tradicional preconceito judaico-cristão-ocidental de que a única e exclusiva função da sexualidade é a procriação humana, tomando a parte pelo todo.
O Espiritismo é uma doutrina livre e libertária, compromissada com o entendimento da natureza íntima do ser humano e o progresso espiritual. Nos dá bases muito ricas de entendimento do psiquismo e da sexualidade do espírito imortal, como instrumentos divinos dados por Deus ao homem para seu aprimoramento e felicidade. Além disso, nos oferece esclarecimento a respeito das condições e situações determinadas pela liberdade do homem, que desvia esses instrumentos superiores de suas funções sagradas.
É imprescindível que se extinga em nosso movimento o preconceito e que os homossexuais tenham campo de trabalho, se dediquem ao estudo e à prática da doutrina espírita, com a mesma naturalidade de heterossexuais. Isso, para que compreendam o papel de sua condição em seu momento evolutivo e a utilizem com respeito e dignidade com vistas ao equacionamento dos dramas internos, ao cumprimento dos planos de trabalho específicos em sua proposta encarnatória e ao seu progresso pessoal, da família e da sociedade da qual faz parte, da mesma maneira como deve fazer o heterossexual.
10. Como devem se comportar os pais espíritas de um indivíduo que se descubra homossexual?
Aos pais de uma pessoa homossexual cabe o acolhimento integral e amoroso do indivíduo, com aceitação de sua condição, que nada mais é que uma das características da personalidade. Ser homossexual não é sinônimo de ser promíscuo, inferior, afeminado (para homens) ou masculinizado (para mulheres). Simplesmente atesta que o indivíduo se realiza sexual e afetivamente no encontro entre iguais. A pessoa homossexual deve receber a mesma instrução e educação a respeito da sexualidade que os heterossexuais, a fim de bem direcionar as suas energias e esforços no sentido da construção do afeto com quem eleja como parceiro (a). A postura na vivência da sexualidade, para homossexuais, deve ser a mesma aconselhada pelos espíritos a heterossexuais: dignidade, respeito a si mesmo e ao outro, valorização da família, da parceria afetiva profunda no casamento e dedicação da energia sexual criativa em benefício da comunidade em que está inserido.
O acolhimento amoroso da família é fundamental para que o indivíduo homossexual possa se aceitar, se compreender, entendendo o papel dessa condição em sua vida atual, e para que se sinta digno e responsável perante suas escolhas. A luta, para aqueles que vivem essa condição, é grande, a fim de afirmar a sua autoestima em uma sociedade que banaliza a condição sexual e vulgariza a diferença. A família é o núcleo onde se encontram corações compromissados em projetos reencarnatórios comuns, com vínculos pessoais de cada um com o passado daqueles que com eles convivem, devendo ser cada membro dessa célula da sociedade, um esteio para que o melhor do outro venha à tona, por meio da experiência amorosa.
Os pais de homossexuais poderão ler e compartilhar interessantes experiências de outros pais no site e nos livros de Edith Modesto: http://www.gph.org.br e Livros em: http://www.gph.org.br/publica.asp
11. Gostaria de acrescentar algo?
Romanos 14:14 “Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo a não ser para aquele que assim o considera; para esse é imundo.”
Todas as experiências evolutivas onde estejam presentes o autorrespeito, a autoconsideração, a autovalorização e o autoamor são experiências evolutivas promotoras de progresso e evolução, pois aquele que se oferece essas condições naturalmente as estende ao outro na vida. A homossexualidade, independentemente da forma como se haja estruturado como condição evolutiva momentânea do indivíduo, pode ser vivenciada com dignidade e ser um rico campo de experimentação do afeto e construção do amor, desde que aqueles que a vivam se lembrem de que são espíritos imortais e de que a vida na matéria é tempo de plantio para a eternidade, no terreno do sentimento e das conquistas evolutivas propiciadas pelo amor, em qualquer de suas infinitas manifestações.
Diz-nos Emmanuel no livro "Vida e Sexo", lição 21 – Homossexualidade, ed. Feb:
“A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos, para se erguerem como agentes mais elevados de definição da dignidade humana, de vez que a individualidade, em si, exalta a vida comunitária pelo próprio comportamento na sustentação do bem de todos ou a deprime pelo mal que causa com a parte que assume no jogo da delinqüência.”
E complementa André Luiz, no livro Sexo e destino – Cap. 5, pág 155 - ed. Feb:
“(...) no mundo porvindouro os irmãos reencarnados, tanto em condições normais quanto em condições julgadas anormais, serão tratados em pé de igualdade, no mesmo nível de dignidade humana, reparando-se as injustiças achacadas, há séculos, contra aqueles que renascem sofrendo particularidades anômalas, porquanto a perseguição e a crueldade com que são batidos pela sociedade humana lhes impedem ou dificultam a execução dos encargos que trazem à existência física, quando não fazem deles criaturas hipócritas, com necessidade de mentir incessantemente para viver, sob o sol que a Bondade Divina acendeu em benefício de todos.”
Para saber mais:
Indico, entre outros, os seguintes livros espíritas, com abordagens responsáveis e bem fundamentadas sobre o assunto:
1- Vida e sexo, Emmanuel/Chico Xavier, em especial cap. 21 - ed. Feb
2- Sexo e destino e Ação e reação - ambos de André Luiz/Chico Xavier - ed. feb
3- Além do Rosa e do Azul - Gibson Bastos - Ed. Celd
4- O Preço de ser Diferente (romance) - Ed. Vida e Consciência
5- Quem Perdoa, Liberta – José Mário/Wanderley Oliveira – Capítulo: "Homoafetividade e Mediunidade"
* Wanderley Oliveira é Terapeuta Master e Practitioner em PNL, médium e palestrante espírita de Belo Horizonte. Visite o seu trabalho no site: www.wanderleyoliveira.com.br ou escreva paracoachenergetico@wanderleyoliveira.com.br
*Andrei Moreira é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Integra, desde 2005, uma equipe do Programa de Saúde da Família, em Belo Horizonte, Minas Gerais.Especializado em Homeopatia.
Preceptor do Internato em Atenção Integral à Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade de Alfenas, campus BH, desde 2008.
Participa ativamente do movimento espírita nacional e internacional, proferindo palestras e seminários. Integra equipes de atendimento a pacientes com a metodologia médico-espírita na Amemg.
Presidente da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais, desde 2007.
Autor do livro: "Cura e autocura – uma visão médico espírita" – AME Editora, 2010
ammsouza@hotmail.com - www.amemg.com.br
sexta-feira, 12 de abril de 2013
PRECE DE CÁRITAS
CÁRITAS era um espírito que se comunicava através de uma das grandes médiuns de sua época - Mme. W. Krell - em um grupo de Bordeaux (França), sendo ela uma das maiores psicografas da História do Espiritismo, em especial por transmitir poesia (que se constitui no ácido da psicografia), da lavra de Lamartine, André Chénier, Saint-Beuve e Alfred de Musset, além do próprio Edgard Allan Poe. Na prosa, recebeu ela mensagens de O Espírito da Verdade, Dumas, Larcordaire, Lamennais, Pascal, e dos gregos Ésopo e Fenelon.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Campanha de Construção da FECX - Colabore conosco!
A FECX (Fraternidade Espírita Chico Xavier) está iniciando mais uma etapa para o término da construção de sua sede, que fica no bairro Vale Encantado, Vila Velha - ES. Os recursos arrecadados serão destinados para a conclusão da obra que consiste em rebocar toda a parte externa da casa e cobertura da lage que permanece exposta. Com o reboco e cobertura da lage iremos acabar de vez com problemas de infiltração e demais problemas que começam a surgir com o desgaste que as ações climáticas vem provocando em nossa casa espírita.
Você pode nos ajudar, colaborando com doações de qualquer quantia que pode ser depositada na conta bancária da casa, que aparece logo abaixo.
FRATERNIDADE ESPÍRITA CHICO XAVIER
BANCO DO BRASIL
AGÊNCIA: 3662-5
C/C: 15-9
quarta-feira, 27 de março de 2013
Estudo "As Dores da Alma"
A Fraternidade Espírita Chico Xavier realiza o estudo do livro "As Dores da Alma" escrito pelo Espírito Hammed e psicografado pelo médium Francisco do Espírito Santo Neto. O estudo acontece aos sábados a partir das 15:30h. A cada sábado é estudado um capítulo desta obra fantástica que nos auxilia a compreender o nosso mundo íntimo, ensinando-nos a trabalhar os nossos conflitos . Venha estudar conosco!
Assinar:
Postagens (Atom)