A boa fala desnudando o verbo
Quando se cala esconde seus erros
A mente balança
ao vento as imagens
Pensamentos mensagens
Enquanto o coração aquecido
De sentimentos, momentos, intentos
O corpo cede ao calor das vestes
Estas que aquecem
Que junto dele fenecem
E igualmente desaparecem
Enquanto a alma revive corada
Encorpada, encorajada
Na luta, na labuta
Tentando a permuta
De se viver mais um
pouco
Nem que seja como um louco
No bailar da vida
Dançamos cantamos glorificamos
As vindas e idas
Encenamos a peça
De vivermos como
descrentes, dementes
Carentes do amor de Deus
Vivemos as vezes por viver
Fugindo do sofrer
Por não amar, por se calar
Injuriar a quem nos ama
Quem nos põe na cama, ainda bebês
Fazemos por desmerecer o amor de todos do mundo
Do pai, do filho, da mãe, da esposa, da irmã
Sem ter uma alma sã
Que nos salve, nos envolva
Enlace-nos com os braços seus
Com suas palavras de sabedoria
De alegria que contagia
Que nos alimenta, nos esquenta
Nos fomenta a sede de sermos perfeitos
Tendo trabalhado o direito
O direito de viver
De correr, de rolar de cantar
De amar a vida
Essa tão querida
Tão desejada, tão estafada, tão maltratada
Mas que ninguém quer dela escapar
Todos pensam a morte driblar
E viver mais um pouquinho
Como pássaros no ninho
Sedentos por voar
Para a Deus alcançar
Só a ele adorar e agradecer
Novamente, eternamente
Mesmo com toda lida
Toda ferida sem medida
Sou ajudada pela vida
Vida de Margarida.
Abraços Margarida
(13/09/2011)
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