domingo, 8 de janeiro de 2012

Perseverança no bem

É imprescindível recordar o impositivo da perseverança no bem.
O comprazimento nessa ou naquela espécie de atitude ou companhia, leitura ou conversação menos edificantes, estabelece em nós o reflexo condicionado pelo qual inconscientemente nos voltamos para as correntes invisíveis que representam.
É desse modo que formamos hábitos indesejáveis pelos quais nos fazemos pasto de entidades vampirizantes, acabando na feição de arcabouços vivos para moléstias fantasmas.
Pensando ou conversando constantemente sobre agentes enfermiços, quais sejam a acusação indébita e a crítica destrutiva, o deboche e a crueldade, incorporamos, de imediato, a influência das criaturas encarnadas e desencarnadas que os alimentam, porque o ato de voltar a semelhantes temas, contrários aos princípios que ajudam a vida e o regeneram, se transforma em reflexo condicionado de caráter doentio, automatizando-nos a capacidade de transmitir tais agentes mórbidos, responsáveis por largo acervo de enfermidade e desiquilíbrio.

Mecanismos da Mediunidade ( André Luiz)

Mensagem psicografada na FECX em 07/01/2012

Feliz dois mil e doze
Que o número represente
Tudo aquilo que o cerca

Pois doze é dia das crianças
E deve se ter muita esperança
Pois nelas todo o amor se encerra

Doze também é o dia dos namorados
Aos amores consagrado
Para se comemorar com alegria

Doze era o número dos apóstolos de Jesus
Por isso tenhamos muita luz
Para distribuirmos com simpatia

Doze também é o número da transição
Que com muita precaução
Vimos a criança se tornando jovenzinho

Por isso tenhamos o cuidado
De tê-los sempre ao nosso lado
Dando-lhes amor e carinho

Doze também é o número de rosas
Que enfeitam um buquê perfumado
São de todas as cores e muito cheirosas
Tenhamos o perfume do perdão e do amor ao nosso lado

Vimos que é uma data interessante
É hora de melhorarmos nossa vida
Vamos juntos, caminhemos adiante
Feliz Ano Novo! é o que deseja vossa irmã Margarida.

Margarida ( Mensagem recebida na FECX em 07/01/2012)



quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A dor de um escravo

Trago em meu peito a dor

Da minha terra o calor

Do meu povo os gemidos

Tenho a mente estraçalhada

Tenho a face enrugada

Dos anos aqui sofridos

As lembranças de menino

Dos cavalos dos beduínos

A percorrer o deserto

A dor da revolta

O fechar de minhas portas

Sem perguntarem se era certo

Tenho as imagens ainda

Tão longe que não finda

A dor de todos os meus

Dos negros que choravam

Das lágrimas que rolavam

Dos olhos negros como breu

Os velhos na labuta

As crianças na permuta

Faziam parte desse horror

Do circo que se formava

Vendendo as belas escravas

Que causavam grande furor

Coitadas dessas mães lindas

Que vendo seus negrinhos

Tirados do próprio ninho

Cercavam-se de tristeza

Coitadas dessas moças

No leito, nas matas

Que faziam para jogá-las

Porque não para abatê-las

Como aves que iriam

Para o fim de seus dias

Ter seus sonhos castrados

Ter nos dias vindouros

Lembranças do abatedouro

Filhos não negros, mas mulatos

Coitado desse povo

Que vive sofrendo aqui

Chamada nação zumbi

Como se não fossem filhos dessa terra

Coitado dos desgraçados

Com seus sonhos estilhaçados

Com o furor das grandes guerras

Se no seu país se sonhava

Com liberdade e consolo

Aqui eram seres sem miolos

Seres sem coração

Paravam em qualquer parte

Deitava-lhes o branco a sorte

E ali seguiam em multidão

Marchavam pela floresta

Fugiam pela mata à fora

Faziam as vezes festa

Cantavam as aves canoras

Seu canto era como o gemido

De um povo muito sofrido

Abatido pelo mal

Ninguém nunca dantes

Sofrera como meliante

Vivia como animal

Ah! Recordações escravas

Por que escravo fui também

Ah! Recordações amargas

Que não desejo a ninguém

Sofri na casa de minha mãe

Vendo tantos meus partindo

Que ainda iam sorrindo

Deixando a pátria para trás

Não importava se fosse da Angola

Não ligavam se eram da Nigéria

Seguiam a mesma miséria

Junto o grito de dor que assola

Mãe África por que o abandono?

Por que Deus esqueceu-se de nós?

Dizei-me você do desengano

Por que o sofrimento atroz?

Hoje tenho aqui renascido

Acalmado meus gemidos

Pelos quilombos da vida

Tenho meus olhos marejados

Dos dias sacrificados

Tenho sanado as feridas

Venho-te negro imundo

Venho-te branco traidor

Venho-te no novo mundo

Revelar-lhe a minha dor

Tens me aqui amigo

Como um que já viveu

Na senzala como abrigo

E lá esse negro morreu.

JOÃO (Mensagem recebida em reunião mediúnica na FECX)