Ah, quem dera poder sentir o vento
Sentir o céu, olhar para o firmamento
E agradecer a Deus à vida
Ah, quem me dera poder olhar a lua
E tendo a alma nua
Sentir de novo a alma revivida
Ah, quem me dera olhar o sol
E depois do arrebol
Agradecer a Deus as lágrimas
Quem me dera sentir a chuva
A gota caindo na rua
E ter minha face orvalhada
Quem me dera ter a felicidade
De ter de novo a mocidade
A me sorrir com seus encantos
Onde a velhice implora
Pelo ser que a ignora
Para vir secar seu pranto
Quem me dera poder de novo
Lutar contra a maldade
Tendo a felicidade
De ter pertencido a um povo
Não ter nascido abandonada
Pelas ruas não ser largada
Ou não ter sido indigente
Quem me dera não mais errar
Pois é duro ter que recomeçar
Aquilo que ficou interrompido
Poder desfrutar de alegrias
Poder rir à revelia
Poder não ter tanto sofrido
Meu Deus, quem me dera
Fazer parte de uma nova era
De pessoas que trabalham pro bem
Poder amar e guardar
Sorrir e amparar
E não querer mal a ninguém
Muito grata sou eu agora
Pois mesmo com a demora
Aprendi a não sofrer
Aprendi com a dor alheia
Daquele que não tem nem a ceia
Quem dirá o pão para comer
Tive que viver muitas dores
Tive que perder muitos amores
Para poder aqui estar
Foi chorando que aprendi
Que voltei novamente a sorrir
E aprendi realmente a orar
Obrigada por tudo enfim
Por tudo que fizeste por mim
Por ter me feito alma boa e amiga
Hoje eu sofro e confesso
Mas sou ser ainda em progresso
Sou a sua Margarida
Margarida
(Mensagem psicografada na Fraternidades Espírita Chico Xavier, na reunião mediúnica do dia 27/08/2010.)